sexta-feira, 15 de julho de 2011

Príncipe da Paz

    Príncipe da Paz, estou sozinha
       
Na Terra que é o estrado dos Teus pés

E vendo a minha pequenez,

Prostro-me e choro

Pedindo o Teu socorro.

Sinto frio.

Perco a calma

Nas lembranças do que fiz.

Abro janelas, cérebro agitado,

Vislumbro sombras: são o meu passado,

Recordações amargas do que já vivi...

Trago o coração diminuído,

Apertada a garganta,

Visão turvada pelas lágrimas.

Eu sei que tudo sabes

E que me vês assim, como hoje estou.

Sei que me amas

E que de mim tens compaixão.

Por isso, de repente,

Sinto o Teu olhar amoroso sobre mim

E uma força nova me alimenta

E a voz, antes presa na garganta,

Explode num louvor.

Teu nome me acalma,

Tua presença me consola,

Teu amor me aquece.

Fecho, então, todas as janelas que abri,

     Uma a uma —

E abro a porta, embriagada,

E Te adoro

E Te louvo

E Te agradeço a visita.

Já não estou mais só

E minha alma salta do estrado dos Teus pés

Para os Teus braços.


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