Programação Neurolingüística – PNL

Posted on July 14, 2011 by 




Jehozadak Pereira
Outro dia recebi um e-mail de um pastor na Florida que está ministrando um curso de inteligência emocional para outros pastores e líderes e o e-mail dizia no subject “Agende para abençoar seu povo”. Antigamente – em tempos não tão idos assim, para abençoar o povo se pregava o Evangelho…
Em 1998 escrevi este artigo abaixo a pedido do Paulo Romeiro a uma dúvida que surgiu na época. Creio que ainda é pertinente para a questão do curso acima.
“Assuma o comando e o controle da sua vida alterando sua programação interior”; “Desperte o gigante interior que existe dentro de você”; “Por que alguns que pensam positivamente conseguem sucesso?”; “Querer é poder”; “Converse consigo mesmo”; “Valorize estupendamente seu ego”.  
As frases acima fazem parte do ideário do que é chamado de Programação Neurolingüística – PNL – que busca dar ao homem confiança em si mesmo. Dentro desse conceito misturam-se os positivismos, a psicologia, a psicanálise, o esoterismo, o humanismo entre outros embora seus defensores neguem tais influências.
A PNL nada mais é do que um amontoado de palavras e conceitos, cujo objetivo é desprezar o senhorio absoluto de Deus na vida do ser humano. Eis algumas de suas promessas: Melhora nos relacionamentos pessoais; equilíbrio mental, físico e emocional; harmonia no casamento; sucesso profissional e financeiro; aumento da criatividade e da memória; capacidade para enfrentar e solucionar problemas, etc.  A PNL ensina e incentiva o homem a lançar um novo olhar em busca do seu ego, a ir ao passado em busca de respostas para os problemas e conflitos do presente, a “conversar consigo mesmo do passado”, a inventariar e amar o seu ego, a viver uma vida plena e de satisfação pessoal.
O que temos visto hoje é a invasão da PNL nas escolas, universidades, fábricas e em outros segmentos da sociedade. Nas prateleiras das livrarias seculares é possível encontrar vasto material de auto-ajuda, que busca corromper a mente humana. Infelizmente, esse material pode ser encontrado também em livrarias evangélicas. Nem as igrejas escapam. Há crentes que admiram gente como Lair Ribeiro, um dos experts no Brasil sobre PNL. Pior ainda, há líderes dito cristãos que usam este tipo de literatura e também auto-ajuda para preparar os seus sermões.
Um dos princípios da PNL é “educar” a mente via lingüística, para “conquistar” o coração do homem. É tentar libertar o homem da sua real condição: a de pecador.  A PNL engana o homem, pois tenta fazê-lo acreditar na auto-suficiência.
É certo que muitos dos conflitos ditos interiores são na realidade problemas advindos de pecados não confessados, da falta de salvação, da opressão, e de tantas outras mazelas e dificuldades próprias do ser humano. Lembremo-nos do rei Davi. Nos Salmos ele expressa seus sofrimentos, falando de aflição, pavor, angústia, dor, dias intranqüilos etc. Passamos por tudo isso hoje. E o que fez Davi com toda a sua majestade? Clamou a Deus, reconhecendo sua dependência dele. Leia os Salmos 4, 6, 23 e 25.
Este pequeno artigo jamais vai conseguir esmiuçar todos os perigos e supostos encantamentos da PNL. Muita coisa ainda vai ser escrita para mostrar as mazelas de tal prática perniciosa.
A Bíblia nos dá parâmetros legítimos e consistentes para cada atitude nossa, para cada passo que teremos de dar.  Ensina-nos que quando pecamos, não temos de ir ao passado, ou declararmo-nos “fortes, ambiciosos e invencíveis”. Temos de praticar o que está contido em I João 1:9: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda a injustiça”. Ela diz que somos pecadores alcançados pela redentora graça de Deus, que somos mais que vencedores por Aquele que nos amou primeiro.
Assim, não precisamos ser programados ou reprogramados, pois somos filhos de um Deus vivo e eficaz! – Efésios 2:1-10; 4:14-24.